Filosofia na Escola Secundária Jaime Moniz - Funchal

12
Out 08

 
Todos nós damos valor às nossas crenças. Quando surge alguém que põe em causa as nossas crenças por não terem fundamentação suficiente – ou que, como Sócrates, se limita a pôr questões embaraçosas sobre as quais não tínhamos pensado, ou demonstra que varremos pressupostos subjacentes cruciais para debaixo do tapete -, isso ultrapassa a simples busca do conhecimento. É sentido como um ataque pessoal

Carl Sagan, Um mundo infestado de demónios, Gradiva, p.300 

Almeida, Rolando in Filosofia no Ensino Secundário.

publicado por Horacio@Freitas às 17:39


Sem títuloA Texto Editora acaba de lançar uma colecção para ajudar os estudantes a orientar o estudo. Um dos volumes da colecção é dos autores do manual Pensar Azul. Apresenta esquemas sínteses e explicações sumárias dos principais conteúdos. O livro é vendido a um preço baixo. Clicar na imagem para aceder.

 

Almeida, Rolando in Filosofia no Ensino Secundário.


 

 

publicado por Horacio@Freitas às 11:05

06
Out 08

 

 


    Cada vez se fala mais de energia nuclear, por todo o lado e também aqui. O nuclear, que é uma tecnologia muito segura, tem uma grande vantagem relativamente às centrais térmicas: não emite o dióxido carbono que causa o efeito estufa. Poderá haver razões, económicas ou outras, para não construirmos uma central nuclear, mas o pior que poderíamos fazer era dizer à partida que não. É necessário discutir até chegar a uma resposta bem informada. As centrais nucleares funcionam bem em muitos países do mundo. E nós importamos energia de Espanha e França, que é, em larga medida, nuclear.

    Eu sei que me podem falar de Chernobyl. De facto, Chernobyl foi um acidente perigoso e lamentável. Mas não morreram milhões de pessoas... O governo ucraniano exagerou com o objectivo de ser compensado. Dizer-se que, por causa de Chernobyl, não devemos ter energia nuclear é a mesma coisa que dizer que, por causa de um erro clínico, não devemos ir a um hospital. Na questão do nuclear o perigo maior não é o de um acidente (que, apesar de raro, pode também ocorrer numa barragem): é o dos resíduos radioactivos, porque ainda não há um meio que seja absolutamente eficaz para os tratar. É um mau legado para o futuro, porque, embora esse lixo seja enterrado em lugares remotos e a grande profundidade, continuará a emitir radioactividade por longos anos.

    Há um medo do público relativamente ao nuclear, talvez por a radiação ser invisível. Contudo, as pessoas que moram em zonas graníticas estão sujeitas permanentemente a essa radiação. Temos medo do que não devíamos ter e não temos medo do que devíamos ter. Há coisas de que devíamos ter mais medo porque são bem mais perigosas, como, por exemplo, a circulação automóvel.

   Agora há muitos investimentos em centrais eólicas e solares. Muito bem. São tecnologias em desenvolvimento, mas não se prevê que, a curto prazo, proporcionem uma solução barata às nossas enormes necessidades energéticas. Temos de investir nas energias alternativas, mas não é viável desistir das centrais convencionais, sejam elas térmicas ou nucleares.

CARLOS FIOLHAIS

publicado por Horacio@Freitas às 12:10


 

 
Crónica de J. Norberto Pires, publicada no "Jornal de Notícias" de 5 de Outubro:

 
Vivemos depressa. Muito depressa. E não sabemos bem porquê. Tem de ser; é assim a vida, justificamos. Não há tempo para nada, é preciso despachar mecanicamente, automaticamente, aquilo que dizemos que fazemos. Reflectir não é grande ideia. Faz perder tempo, e isso é coisa que não temos. O melhor é andar depressa, muito depressa, pelo menos mais depressa que os outros. Mas, como o Coelho Branco da Alice, parecemos sempre atrasados para alguma coisa. Não sabemos bem é para o quê. E parece que isso não nos incomoda.

Nesta lógica, investir no “Magalhães” é uma boa ideia. As crianças habituam-se rápido a viver depressa, sem se deslocar, e sem precisar de contacto físico. A Internet resolve. Está tudo, mas mesmo tudo, à distância de umas teclas. Até pesquisar, estudar, é tão simples como “clique”, “Google”, “palavra-chave”, “copy and paste”, e pronto. E, como dizia o Calvin, podemos fazer um brilharete com umas capinhas de plástico. Muito profissional.

Só que essa é uma escola sem futuro. E é disso que falamos quando falamos de livros e de leitura. A escola com futuro coloca o foco nos livros, na aprendizagem com reflexão, que é um método que a leitura incentiva e desenvolve. Com o tempo que as coisas naturalmente levam, com detalhes, ao pormenor. Uma educação feita assim é uma vela impressionante que nos permite navegar pela vida fora com a confiança de quem não desiste.

Como o velho Santiago, que não pescava um simples peixe há 84 dias, mas tinha nos magníficos olhos azuis o brilho de querer apanhar o maior peixe da sua vida. Mesmo muito cansado, com um barco a cair de podre, e a vela remendada. E conseguiu, ganhando de novo o respeito de todos. E nós viajamos a Cuba com ele.

Ou ainda como o Principezinho que um dia saiu do seu pequeno planeta cheio de flores e vulcões extintos, para viajar por sete planetas e descobrir que afinal mais importante do que navegar, ver e desvendar novas realidades, é importante descobrir o valor das coisas e das pessoas, e que isso exige tempo. Tempo para ler.

Evitando ser como a Alice, que não sabia para onde ir; se haveria de virar à esquerda, ou à direita, ou pura e simplesmente seguir em frente. Assim, como muito bem notou o Gato, não importa que direcção tomar se não se faz a mínima ideia para onde se quer ir. Chega-se sempre a qualquer lado, seja qual for a direcção escolhida. Depressa ou devagar, não importa. Existe sempre um destino, seja ele o do Gato Chapeleiro ou o da Lebre Marciana.

- Mas eu não quero ir para o meio de gente maluca, dizia a Alice.

Vai uma aposta que com o andar das coisas não podes evitar isso?

J. Norberto Pires 

 

in De Rerum Natura

publicado por Horacio@Freitas às 12:06

 
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A ti, aluno.

A. Como tirar apontamentos?
"A tinta mais pálida é melhor que a memória mais fiel" (Ditado Chinês)
" As palavras voam, os escritos permanecem" (Prov. Latino)
1. Tirar apontamentos para quê?

  

publicado por Horacio@Freitas às 10:51

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