Quanto melhor nos conhecermos, tanto melhor poderemos agir. Por isso, a acção moral deve ser precedida e esclarecida por uma reflexão ética. Tendo em conta a distinção já estabelecida entre ética e moral, podemos dizer que é indispensável que cada um se interrogue e reflicta sobre como deve agir (domínio da ética), a fim de escolher a acção mais correcta (domínio da moral). Trata-se de fundamentar as normas, de definir os critérios do bem e do mal.
Neste processo de fundamentação da moral, a reflexão ética pode ser enquadrada em dois sectores distintos: o das morais teleológicas e o das morais deontológicas. As primeiras consideram que o objectivo da moral é alcançar uma vida boa, virtuosa e feliz. São morais consequencialistas. As morais deontológicas, por sua vez, consideram que o valor das acções não reside nas suas consequências ou nos seus efeitos, mas sim na intenção e na boa vontade, isto é, no cumprimento do dever. São morais não consequencialistas.
Enquanto as morais teleológicas concedem prioridade ao conteúdo ou matéria da acção (a felicidade, a utilidade, o bem-estar), as morais deontológicas privilegiam a forma da acção (o dever, a obrigação, os princípios universais).
Um exemplo de uma moral teleológica é representado pela ética de Stuart Mill. Uma perspectiva da moral deontológica é representada pela filosofia moral de Kant.